segunda-feira, 30 de abril de 2018




   Escolhi escrever sobre um excerto, porque foi neste momento que tive a certeza que, na verdade, Clara não sonhava com a mãe. Mas sim, era esta a maneira que arranjou para manter a presença da mãe nas suas vidas e tentar passar para Leonor tudo aquilo que achava que ela deveria aprender.
  Aqui apercebi-me de que muitas vezes devia ser difícil para Clara dar resposta às questões da irmã já que estava na mesma situação, contudo ela era altruísta e queria proteger sua irmã acima de tudo então “esqueceu” a sua dor para que a pudesse minimizar, acalmar o choro e trazer uma alegria serena para o dia-a-dia da irmã mais nova.
  Deste modo, com esta, Clara nunca deixou a mãe partir para sempre pois através dos sonhos que inventava, a mãe era uma presença constante nas suas vidas. 
  E foi esta forma de amor que mais me marcou no livro já que Clara cuidou da irmã sem que nunca ninguém lho tivesse pedido.

Inês Gonçalves

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