sexta-feira, 16 de março de 2012




    Enid Mary Blyton
 nasceu a 11 de Agosto de 1897, num pequeno andar sobre uma loja em Lordship Lane, Zona este de Dulwich em Londres. A sua família mudou-se para Beckenham em Kent quando tinha alguns meses de idade, local onde Enid e os seus irmãos, Hanly e Carcey passaram a sua infância. Hoje Beckenham é uma cidade ativa, mas no século passado era uma localidade calma e rural. Enid foi uma apreciadora da história natural e recordava sempre os passeios que fazia com o seu pai Thomas Blyton. Ele ensinou-lhe tudo sobre a natureza: animais, insectos, aves e plantas, que viviam nos campos em volta da sua casa. O seu entusiasmo pelo estudo da natureza foi muito importante para o resto da sua vida, onde aplicou os conhecimentos em muitos livros, histórias poemas e artigos. Também gostava muito de ler. Lia tudo o que lhe caía nas mãos, até enciclopédias difíceis. Com o incentivo do pai, começou a inventar as suas próprias histórias e poemas. Tal como gostava de escrever, também detestava ajudar em casa e cuidar dos seus irmãos mais pequenos. A sua mãe Theresa não compartilhava nenhum interesse de Enid ou do seu pai. Com o tempo Thomas e Theresa concluíram que já não tinham nada em comum, separando-se quando Enid tinha 13 ou 14 anos, tendo ficado com a sua mãe. Enid sofreu muito com a saída do pai. Thomas foi um bom pianista e tinha planeado uma carreira musical para a sua filha, mas em 1916 Enid decidiu que a única coisa que queria era estudar para professora. Telefonou ao pai e convenceu-o a assinar os papéis necessários e um ano depois começou a estudar para professora primária, em Ipswich High Scholl~.

   Tempos depois, nas suas horas vagas, começou a escrever seriamente. No início, Enid Blyton teve dificuldade em encontrar um editor para publicar as suas histórias e durante alguns anos o seu trabalho foi negado constantemente. Como era uma pessoa determinada Enid não desistiu e continuou a escrever em cada minuto que tinha livre.
   Enid Blyton nunca foi tão feliz como quando escrevia as suas histórias. Ela foi uma autora de nascimento e dai lhe ter sido fácil a criação de novos personagens e histórias. Na sua autobiografia, escreveu como criava uma nova história. Nunca a planeava antes de a escrever na máquina. Somente a colocava nos seus joelhos, fechava os olhos e imaginava a história: “É como espreitar por uma janela, ou um filme na minha cabeça, ver os meus personagens e escrever tudo no papel”. Foi uma prenda divina que lhe deu a força para escrever muitos livros e histórias. Entre Janeiro de 1940 e Dezembro de 1949, Enid Blyton tinha publicado mais de 200 livros, e nos anos 50 foram mais de 300! E não foi tudo, também respondia a centenas de cartas dos seus pequenos leitores, autografava livros, lia em público e sobretudo ajudava a angariar fundos para fins de caridade. Também tinha alguns passatempos, como jogar golfe e bridge.
Em 1974 Barbara Stoney escreveu a “Enid Blyton the Biography”, que revela a história verdadeira da sua vida.Passados 37 anos desde a sua morte, os livros de Enid continuam tão populares e a serem vendidos como edições anteriores, tanto em Inglaterra como em todo o mundo, incluindo Portugal. Quantos de vocês não conhecem ou não têm em casa um livro da Enid Blyton etc. As suas histórias e personagens foram reproduzidas em jogos, séries de televisão, revistas, banda desenhada, filmes e teatro. Mas onde está o segredo de todo este êxito? Em primeiro lugar, foi uma autora de nascença, sabia exatamente o que as crianças e jovens gostariam de ler; nas suas histórias o mundo é novo e verde, os dias, grandes e com sol; os adultos não chateavam muito e as crianças poderiam fazer tudo o que desejassem: explorar túneis secretos, acampar em ilhas com árvores e toda a natureza à volta, descobrir mistérios, procurar tesouros e até “vagabundear” no meio ambiente com carroças puxadas a cavalos. É um mundo mágico onde os bons ganham, a comida é em abundância e há sempre um final feliz. Pode haver melhor coisa que se queira ter? Todos os anos é prestado um tributo a esta autora, o chamado “Enid Blyton Day”, organizado pela Enid Blyton Society. Neste dia reúnem-se entusiastas que compram, trocam e vendem livros e outros colecionáveis. São realizadas palestras e convidados falam de variados assuntos.


Trabalho realizado pelas alunas do 6.º D
Eva Cunha, Beatriz Gomes, Maria João Fernandes e Cátia Ribeiro


segunda-feira, 5 de março de 2012